Porque essas palavras são meu diário gritadas bem alto e eu sei que você vai usá-las como quiser...


sábado, 30 de outubro de 2010

Somente um desabafo.

Sou controladora. Gosto de ter o controle sobre minha mente, e principalmente sobre o meu coração. Porém, ando sentindo umas coisas que não entendo direito. Não gosto de lidar com o que não conheço, tenho medo do que pode ser. Eu me dou força, eu consigo sorrir. Mas a sensação do abandono não vai embora. É um meio termo frustrante. Demorei tanto para me reergue, mas somente um passo em falso e sei que posso cair de novo. Não sei se arriscar seria a coisa certa a fazer. Estou confortável agora, mais sei que preciso de mais alguma coisa. Seria, amor?

Esse sentimento que vive me perseguindo, batendo em minha porta, implorando para entrar. E a solidão, ao mesmo tempo triste e confortável, se tornou um parasita em minha casa. Nem mesmo os raios de luz que entra pela minha janela conseguem detê-la. Ela sempre consegue se esquivar, embaixo do meu travesseiro. Perturba os meus sonhos, me questionando se não estou fazendo algo errado, algo que no futuro, me arrependeria.Imagino que isso tenha outro nome. Medo. Medo de me machucar novamente. De viver tão intensamente, e depois sofrer. Finalmente descobrir que não se passava de uma mentira.

Não quero cometer o mesmo erro outra vez, mas eu realmente, preciso disso. Preciso, nem que por um segundo, ser amada de novo.

O que uma decepção amorosa não faz com uma pessoa? Mas eu acredito que isso não vai acontecer de novo, não agora. Por que eu finalmente aprendi a suportar uma dor, mas não a curá-la. Ainda estou trabalhando nisso.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Run.


No momento em que eu levantei minha cabeça em direção à construção sagrada, ouvi a musica matrimonial ecoar em meus ouvidos. Calafrios e tremores se apoderaram de mim. Meu pai ao lado, tentava me passar confiança, de que tudo daria certo. As lembranças invadiram a minha mente, tão cheias de ódio que eu não conseguia raciocinar direito.

- Eu não vou me casar com ele! – estava furiosa, como em pleno século XXI uma família forjava um casamento?

- Mas esse é o único jeito de salvar a sua família da miséria, não seja egoísta filha!

- Egoísta? É egoísmo pensar em minha felicidade? Eu o odeio, você sabe disso.

- Você vai se casar, e ponto final.

Levantei a minha cabeça e percebi que todos os olhos estavam voltados para mim, curiosos pela a minha demora de avançar até o padre. O noivo me olhava de modo superior e com um sorriso falso, como se quisesse que tudo terminasse logo. E isso fez com que eu o odiasse ainda mais.

Virei e o olhei para o meu pai, a ultima coisa que eu queria era magoar a minha família, mas não tinha outro jeito. Sussurrei algo como “desculpa pai, eu não posso fazer isso”. E antes de me virar para a saída, as lágrimas começaram a inundar meus olhos.

Sai correndo, sem rumo. Não importava o que pessoas que passavam perto de mim achavam, não sei quais seriam as conseqüências, só não poderia parar de correr. Vou correr até minhas forças acabarem, vou correr até cair, sei que posso tropeçar no meio do caminho, mais levantarei e continuarei, por se quero a felicidade, sou quem eu quem tenho batalhar por ela.

sábado, 2 de outubro de 2010

Tempestade.

Deitei cansada em minha cama, me confortando aos poucos embaixo do edredom. Ouvia a chuva bater contra a janela. Uma sinfonia perfeita que me tranqüilizava. Era como se cada gota que escorria pela janela, me purificava, lavasse minha alma.

É difícil assumir o quanto sou insegura. Tinha medo de que perdesse toda essa paz que eu sentia quando acordasse, mesmo sabendo que isso aconteceria. Mas tudo o que eu precisava no momento era do meu edredom, da chuva e da minha cabeça desligada de você.

Mas agora, no final do dia, tudo o que tenho é um edredom envolvido em meus braços e uma melodia batendo contra minha janela. E sabe de uma coisa? Eu posso conviver com isso. Eu prefiro isso à ter vários lençóis úmidos com minhas lágrimas. Lágrimas que só saíram por sua causa. A fúria me envolveu, só sentia raiva, muita raiva. Ele fora o único garoto que me fizera chorar.

Quando finalmente fechei os olhos, me senti extremamente leve, pois fora nesta noite que eu tinha percebido que você já não me fazia falta. O vazio que antes eu sentia, desaparecera. Ter você já não era mais meu objetivo. No mesmo instante que percebera isto, a tempestade acabara. Cada gota de chuva que antes batia em minha janela, agora formava poças na rua, e eu sabia que junto dessa chuva estava minhas lágrimas derramadas por ti. O meu pedido fora atendido. Minha alma estava pura novamente.

 
template by suckmylolly.com